Me falta vontade, mas ainda estou aqui...

Sempre fui honesta em meus posts, acho que assim deve ser...se não eu teria uma página enorme no IG e não voltaria ao blog.Por conta da Anedonia eu estou limitada a muitas coisas, quando me vem a vontade de escrever eu pego e o faço...já que meu caderno de colagens anda parado.

Comecei a ler RE: Zero que estava na minha lista de leituras, confesso que não vejo graça. Não assisto meus animes favoritos pelo mesmo motivo...acredito que palavras honestas tragam afeto, nem que seja de forma secundária. Percebi que a coisa estava feia, quando mesmo com ingresso comprado com MESES de antecedência não fui ao show do Sisters of Mercy e tão pouco, me empolguei para ir ao Odin´s Krieger.

 A depressão é cruel e muitas vezes traiçoeira, me manter aqui é como eu falasse para eu mesma: vai passar, cuida de si, o processo é lento e cada tempo é um tempo. Não sei se isso é um defeito, mas detesto ter interação humana quando estou mal, falo também da interação virtual.Leio os blogs mas não comento, não sei, não quero passar a vibe na qual estou passando, entendem?!
Todos (ou a maioria) que ainda se mantém aqui escrevendo, são adultos já beirando ou passando dos 30 anos, uma geração que cresceu com uma transição que não lhes deu tempo para respirar. Não falo da Gen Z, falo da minha geração do milênio, onde muitas coisas foram prometidas e a prosperidade parece um sonho (ou delírio né, depende de quem propaga a `palavra´ ) 

Estou "sozinha" e tudo bem

 Uma das coisas faladas  na Clinica onde me internei, fora que muito fora de lá poderia mudar após a internação, é que a vida ficaria mais vazia e solitária. O preconceito e estigma é muito alto, até muitas vezes de quem está lá internada. Minha mente mudou e sinceramente não tem sido fácil, sempre fui de poucas amizades e depois que saí de alta decidi me desvincular de pessoas. Elas mudaram? Não, eu mudei...

A percepção sobre a vida, solidão e envelhecer que eu tinha mudou e não sei se eu caberia ainda mantendo as amizades de pelo menos dez anos. Ser sozinha, estar e ter a solidão como companheira são  coisas diferentes...pelo menos estou encarando assim. Meu companheiro disse que muitas pessoas se realizaram depois dos quarenta, isso foi extremamente reconfortante em ouvir, foi até um alento e tanto.