Relato D: 01

 Mudei algumas coisas aqui no blog, tentei por uns dias refazer um template e não consegui. Decidi então, deixar um pronto e simples, afinal cheguei em um ponto que percebi que estética em determinadas partes da minha vida não são importantes. Tenho uma postagem de Halloween, não iria postar nada aqui...mas senti a necessidade de fazer isso. Sobre o titulo desta postagem vou explicar: Aqui virou um refugio para além da terapia, relatar minhas angustias está sendo essencial e esse diário virtual é um adendo. Mesmo em silencio, sei que vocês me acolhem, senão esse blog não teria leitores.

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O medo é um segredo que ás vezes eu guardo, por vezes ele transborda e escorre no rosto com gosto salgado. Por vezes o medo me deixa na cama uma manhã inteira, me prende a TV numa tarde e faz eu ver os mesmos programas, já que a mente anda  paralisada . Gostaria que meu medo fosse mais simples, lúdico, mas ele me assombra em meus 38 anos...a pessoa que escrevia em blogs aos 28 anos, era uma deprimida funcional e por isso que hoje, se afunda em medo e em Depressão.Sem filtros eu escrevo, mesmo estando com medo.

Gostaria que houvessem preocupações mais frívolas em minha mente, gostaria de ter tido o apoio que famílias funcionais possuem, gostaria de me preocupar menos com o amanhã. Ficar internada me trouxe o medo de envelhecer desalentada, omissa e perdida, mesmo que eu não tenha filhos, senti na pele como envelhecer é solitário e nem um pouco solidário. Dois meses sem o mundo virtual, trouxe realidade de forma dobrada e o medo triplicado.Gostaria de ir a academia, mas só consigo ir sozinha ao mercadinho da esquina, porque é NA esquina e não tão longe de casa assim.

Gostaria de dormir melhor e não dormir até tarde, gostaria de trabalhar no que gosto e não me sentir peso morto. Realmente é tudo preto e branco, realmente a gente caminha muito para chegar no ponto `certo´, a negligência também se profissionaliza e vende bom trabalho on-line. Gostaria de escrever de forma menos ácida, mas a ansiedade ataca meu estomago e não há copo d´água que alivie isso. Esse pode ser um relato único ou apenas o primeiro, mas tenho medo de parar no meio do caminho mais uma vez!